Reportagens

Vamos ao mercado

No centro de Braga, o mercado municipal funciona de segunda a sábado, o que lhe permite reabastecer a dispensa com produtos frescos. A partir desta semana, mudou-se temporariamente para o Largo do Pópulo e o Campo da Vinha, para obras de requalificação no antigo. O mercado está num sítio diferente, mas continua a oferecer a frescura de sempre nos seus produtos: legumes, fruta, pão, bolos, carne, peixe e, até, flores.

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Mercado Municipal

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Na zona da padaria encontramos a Ana Maria Magalhães que vende há 40 anos pão, bolos e doces regionais. Um negócio de família que os seus pais lhe deixaram, bem como aos sete irmãos. A ela cabe-lhe estar às terças, quintas e sábados no mercado de Braga, enquanto os seus irmãos estão noutros ou na Padaria Regional que têm nas Taipas. O novo espaço tem, para ela, boas condições.

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Cada feirante tem o seu próprio espaço física, uma banca com o nome, e equipamentos essenciais para o funcionamento de cada atividade, nomeadamente, bancadas expositoras, postos de higienização, arcas frigoríficas, vitrinas, máquinas de gelo, escaparates, bancada de desmanche, acumuladores de água quente, entre outros.

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Mercado Municipal

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Fomos até à zona dos talhos, onde encontramos a banca Manuel Lemos Silva, tal como o nome do seu proprietário, que está há 53 anos neste ramo. Aqui encontrou o seu primeiro e único emprego. A esposa, Teresa, dá-lhe agora uma ajuda e faz-lhe companhia. Com 68 anos de idade, afirma que no mercado são todos conhecidos e que “algumas caras que são dos filhos que deram continuidade ao negócio”. No entanto, o seu não tem aptidão nem visão de dar continuidade.

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O mercado está, agora, dividido por sectores: hortofrutícolas, peixarias, talhos, padarias e café, torna mais fácil a procura pelos produtos. A entrada faz-se através de um sistema de portas automáticas. Existem ainda outros equipamentos como meios de segurança contra incêndios, iluminação, tomadas, ar condicionado e sinalética de acordo com a identificação do comerciante e/ou atividade.

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Nas peixarias encontramos a Conceição, natural da Sé, e já perdida na conta dos anos que leva neste negócio. Conta, com saudade, que ainda andava na escola e já vinha ajudar a mãe. Aqui, encontramos todo o tipo de peixe bem fresco e diretamente de Matosinhos.

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Não é só fruta da época que encontramos no stand da Maria de Fátima Quinteiro, mas todos os outros. Foi com 18 anos que começou como empregada neste ramo tendo, à cerca de cinco, dado continuidade enquanto patroa. Os seus 33 anos de experiência fazem com que muitos dos seus clientes já sejam habituais.

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Ao lado, encontramos ainda os setores de aviário (aves vivas) e produtos agrícolas, alimentares, floristas.

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Mercado Municipal

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Todos os comerciantes se mostraram satisfeitos com as novas instalações, que afirmaram ter melhores condições e um melhor ambiente. Existem ainda zonas de apoio, como arrecadações para lixo, zonas de limpeza, arcas de frio para conservação dos produtos, instalações sanitárias separadas por sexo e para pessoas com mobilidade condicionada, um posto de socorro, dois gabinetes de apoio para os comerciantes, vestiários/balneários femininos e masculinos para funcionários, arrecadações gerais e uma zona para fazer gelo.