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A obra onde “a imagem relega para segundo plano a narrativa” pretende “mostrar e dar a conhe-cer uma atmosfera de recolhida intimidade pelo encantamento dos sentidos, através da sensibilidade do autor das fotografias (Miguel Louro) e com o aroma das palavras de quem as escreveu” (José Carlos Peixoto).
Os autores avisam o leitor que a imagem e o texto são usados “como instrumento para descobrir a estância, para mostrar a realidade, mais que contar his-tórias”.
Acrescentam que no Bom Jesus do Monte “conjuga-se a obra da natureza com a notável obra do homem, vasta, diversificada, absolutamente grandiosa e monumental, uma das maiores intervenções tardo barrocas do País, uma referência obrigatória do Barroco Europeu, que evidencia a própria evolução da arte bracarense, consubstanciada na introdução do neoclássico”.
As fotos de Miguel Louro e os textos de José Carlos Gonçalves Peixoto pretendem revelar que “o Bom Jesus do Monte é um dos expoentes maiores da arquitectura sacra e uma jóia do património luso”.
“Aqui o Barroco é o espectáculo, a celebração, a festa dos sentidos”, afiançam nesta “análise iconográfica dos escadórios dos cinco sentidos”.